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terça-feira, 17 de maio de 2011

E o Verbo Se Fez Carne (Tabernaculou-se) e Habitou Entre Nós!!




 A TENDA DO ENCONTRO (Êx 26.1-37; 36.8-38). -->

A Tenda: formada por quarenta e oito tábuas (armações verticais de madeira de acácia) revestidas de ouro, fixadas em noventa e seis bases de prata (duas bases de prata para cada tábua revestida de ouro) e unidas por cinco travessões de madeira de acácia revestidos de ouro, em cada um dos lados, fixados nas tábuas através de argolas de ouro para dar reforço e manter as tábuas firmes, unidas e estruturadas.  

A tenda, media 4,50 m de largura, por 4,50 m de altura e 14,50 m de comprimento. O travessão central se estendia de uma extremidade a outra entre as armações. Cada tábua media 4,50 m de altura por 0,70 cm de largura. Cada tábua tinha duas coiceiras (encaixes, em hebraico “mãos”) para unir paralelamente cada tábua. As duas tábuas que ficavam no canto eram provavelmente angulares e eram apoiadas por um par de argolas localizadas na parte inferior e superior das tábuas.    

As tábuas estavam assim distribuídas: vinte tábuas do lado Sul; vinte tábuas do lado Norte; seis tábuas no final da parte ocidental (fundos) e duas tábuas para os cantos do lado ocidental. Na entrada havia uma cortina sustentada por cinco colunas dando acesso ao Lugar Santo. Na extremidade do Lugar Santo havia outra cortina ou véu, sustentada por quatro pilares, denominado o “segundo véu” que separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo. No Santo Lugar estava: a mesa dos pães da proposição, o candelabro e altar do incenso. No Santíssimo Lugar estava a arca da aliança. Sobre toda esta estrutura havia outras cortinas e coberturas, as quais formavam o teto ou telhado do Tabernáculo

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1. As armações verticais feitas com madeira de acácia representam Cristo,que é o “ramo ou renovo”, cortado da terra dos viventes. A madeira incorruptível representa a humanidade de Cristo não corrompida pelo pecado. Revestidas de ouro, revela a divindade e a glória do Senhor Jesus Cristo (Jo 1.14).

2. A posição vertical revela, a vitória de Cristo sobre satanás, demônios, pecado, enfermidades, inferno. A madeira (humanidade) revela: Cristo morreu. O ouro (divindade) revela: Cristo ressuscitou. A posição de vitória de Cristo é a nossa vitória. Os íntegros permanecerão em sua presença eternamente (Rm 8.37).



A ESTRUTURA DA TENDA

3. A tenda externamente não tinha nenhuma beleza que pudesse ser admirada pelos que a olhavam do lado de fora, pois a cobertura exterior era de couro de texugo. Somente os “eleitos” sacerdotes podiam contemplar sua glória e beleza, mas internamente. Os não regenerados vêem Cristo, sem valor e beleza, mas os regenerados contemplam a sua glória e majestade, pela revelação do Espírito ( 1 Jo 1.1-3).

4. Em relação à Igreja, as tábuas representam nossa humanidade redimida que era como um tronco retorcido numa terra seca, mas o Senhor Jesus Cristo nos fez passar pela experiência das tábuas, a natureza pecaminosa foi cortada, removida; depois modelados, trabalhados pelo “Carpinteiro Divino”, “à medida da estatura de Jesus Cristo”, e revestidos de glória, realeza, como reis e sacerdotes (Ef 2.19-22).

5. Os cinco travessões de madeira revestidos de ouro e um travessão central, quando vistos em conjunto, entendemos Jesus Cristo (o central), concedendo estabilidade, segurança e firmeza à sua Igreja, colocando os cinco ministérios (os travessões): apóstolos, doutores, evangelistas, profetas e pastores (Ef 4.11-16).

6. A argola é símbolo de eternidade, do infinito, de algo sem começo e fim. Deus tem estabelecido uma aliança eterna de amor com seus redimidos. O amor de Deus é o vínculo entre os crentes. Se fossem três argolas por onde passariam os travessões, elas poderiam apontar para as três coisas mais importantes: a fé, a esperança e o amor, três elementos que nos unem a Deus e à Igreja do Senhor Jesus (1 Co 13.13).

7. Os dois encaixes (hebraico: “mãos”), mantinha a estrutura unida e cada tábua tinha dois encaixes. Representam fatos fundamentais que nos mantêm unidos em comunhão, a morte e a ressurreição de Cristo. Precisamos nos apoiar nessas duas mãos divinas para permanecermos firmes até o fim. Fomos salvos não apenas pela morte de Jesus Cristo, somos salvos por sua vida (Rm 5.10):

8. As quarenta e oito tábuas apoiadas em noventa e seis bases de prataformavam um só Tabernáculo. Somos muitos, mas fazemos parte de um só Corpo – a Igreja de Cristo. A Redenção de Cristo é o fundamento da comunhão dos crentes, no sentido vertical (Deus) e horizontal (crentes) e dá também sólida estabilidade ao Cristianismo. A prata da expiação do Antigo Testamento foi substituída pelo sangue da expiação no Novo Testamento (Ef 2.2).

9. As duas tábuas dos cantos eram provavelmente angulares e nos falam de Cristo como a pedra angular. Estas armações proporcionavam alinhamento, estabilidade e sustentação à estrutura do Tabernáculo. Jesus Cristo é o sólido alicerce, e proporciona estabilidade e sustenta a sua Igreja, deixando-a bem ajustada (1 Pe 2.6-8).

10. As medidas revelam o mesmo padrão divino para todos os crentes e assim serem utilizados no “edifício de Deus”. Todos em Cristo são iguais. A Igreja deve basear-se e ser conduzida pelo padrão divino estabelecido por Deus que é a sua Palavra Imutável, pois Ele não faz acepção de pessoas (Gl 3.27-29).

11. As tábuas distribuídas, vinte de cada lado e oito no fundo, perfazendo um total de quarenta e oito tábuas, podem ser interpretadas em conexão com as quarenta e oito cidades dadas aos levitas para o ministério sacerdotal. “Se “somarmos o número quarenta que significa “vitória”, com o número oito que significa” ressurreição”, temos o número quarenta e oito com o significado “vitória na ressurreição”, ou seja, o arrebatamento da Igreja (1 Co 15.51-57).

12. A tenda era “uma”, mas dividida em duas partes, o Lugar Santo (símbolo da dispensação da Igreja) e o Lugar Santíssimo (símbolo da dispensação do Milênio), isto revela, a 2ª Vinda do Senhor Jesus Cristo dividida em duas fases: a primeira, invisível para arrebatar a Igreja (a mesa, o candelabro, o altar do incenso - relacionados com a Igreja e a segunda, visível para estabelecer o Milênio (a arca da Aliança - símbolo da glória de Deus (“Shekinah”), que alcançará todas as nações (Mt 25.31).

13. Com as duas entradas da Tenda, e mais a entrada do Átrio: Jesus: “o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14.6).






AS COBERTURAS DA TENDA



As cortinas e coberturas deveriam obedecer a seguinte ordem:


a)- Cortinas de Linho fino trançado  Essas cortinas deveriam ser colocadas diretamente sobre a estrutura e compunham o verdadeiro teto interior do Santuário, eram em número de dez cortinas. O linho trançado de fio de tecidos azul, roxo (púrpura) e vermelho. Deveria ter bordados de querubins no linho, obra primorosa. Cada cortina tinha 12,65 m de comprimento por 1,80 m de largura. Havia dez cortinas ao todo, divididas em dois grupos de cinco. Ligados por cinqüenta colchetes (ganchos) de ouro e cinqüenta laçadas de tecido azul (Êx 26.2-6).

1. Linho fino trançado: Essas dez cortinas formavam um todo, dividido em dois grupos de cinco cada, sendo visto como um símbolo da justiça de Cristo e a justificação dos santos, também falam sobre a exaltação e o caráter de Jesus. O número dez revela ordem e responsabilidade, o número dois, demonstra o testemunho e o cinco a graça de Deus. O linho trançado com cores revela o fato de que a vida de Cristo foi envolvida, entrelaçada e permeada pelo Espírito Santo em sua Obra Redentora (Is 61.3-10).

2. As cores: branco, representa Cristo como o Homem sem pecado revelado no Evangelho segundo Lucas; o vermelho representa os sofrimentos de Cristo, o Filho do Homem, revelado no Evangelho segundo Marcos; o azul representa o Filho de Deus que veio do céu, segundo o Evangelho de João; o roxo representa a realeza de Cristo, revelado no Evangelho segundo Mateus (2 Pe 1.19).

3. Querubins bordados: Representa as obras e as manifestações gloriosas do Espírito Santo e do Pai na Obra Redentora e ministério de Jesus; também se refere, a Cristo como a plenitude da divindade encarnada (Cl 1.19; 2.9).

4. Os querubins estendiam suas asas sobre o Santuário, onde o sacerdote deverá andar e exercer seu ministério com profunda reverencia temor e ter comunhão com Deus protegido e abençoado sob a sombra das “asas do Altíssimo” (Sl 91.1,2,4).

5. Essas dez cortinas de linho fino eram chamadas algumas vezes de “o Tabernáculo”, significando que deveriam ser colocadas bem juntas de tal modo que se tornassem “uma”. Só a justiça de Cristo pode unir-nos a Ele e tornar-nos um em Cristo, que vejam Cristo em nossas vidas (Ap 19.7,8).

6. Os cinqüenta colchetes de ouro e cinqüenta laçadas de tecido azul: Ligavam as cortinas, simbolizando o dia de Pentecostes (cinqüenta), quando o Espírito Santo veio do céu e uniu as “primícias da fé”, num só Corpo. Também revela o ouro, a divindade. O Senhor Jesus era Deus encarnado (At 2.39).

b)- Cortinas de pêlo de cabras - Seriam colocadas sobre as cortinas de linho fino. Eram em número de onze cortinas provavelmente de cor negra. Deveriam ser divididas em duas partes: um conjunto de cinco e outro de seis cortinas, unidas por cinqüenta laçadas e cinqüenta colchetes de bronze. Cada cortina tinha 13,50 m de comprimento por 1,80 m de largura (Êx 26.7-13).

1. O número onze está associado ao pecado e à rebelião e a cabra está relacionada como símbolo do pecado, e era um dos animais usados para sacrifício (Nm 28.22).

2. As cortinas de pêlo de cabras representam como o Senhor Jesus se tornou nossa oferta pelo pecado e recebeu em nosso lugar o salário do pecado que é a morte (2 Co 5.21).

3. Essas cortinas também se referem ao Senhor Jesus que “foi oferecido em sacrifício uma única vez, para tirar os pecados de muitos” (Hb 9.28).

4. As cortinas revelam também a pureza e o caráter impecável do Senhor Jesus Cristo (Jo 8.46).

5. O número cinco representa a graça de Deus manifesta ao homem representado pelo número seis (Tt 2.11).

6. Os cinqüenta colchetes de bronze e as cinqüenta laçadas: É o número do Jubileu, Pentecostes. Os colchetes de bronze estão vinculados com a oferta pelo pecado, as cinqüenta laçadas estão intimamente vinculadas a Jesus unindo o céu e a terra, isto é, a todos na Cruz (Ef 2.14).

c)- Coberturas de peles de carneiro tingidas de vermelho – Eram as próximas na ordem da colocação. O carneiro era usado na oferta pela culpa. Não há nenhuma menção das medidas desta cobertura nas Escrituras (Êx 26.14).

1. Esse é o glorioso e eterno episódio profético do Filho de Deus que, tornou-se, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29,36).

2. Tingidas de vermelho é a cor do sacrifício de sangue e identifica a purificação do pecado (Is 1.18).

3. Através desta cobertura Cristo providenciou para a Igreja que nós tomamos parte de sua natureza e Espírito e devemos oferecer nossas próprias vidas em sacrifício vivo e santo a Deus (Rom 12.1,2).

4. Cristo é o nosso Redentor, o carneiro tingido de vermelho, consagrado que se submeteu à vontade do Pai e trouxe-nos a aliança eterna da salvação (Hb 13.20).

5. Na primeira vinda de Cristo, suas vestes foram salpicadas pelo sangue da expiação. Na segunda vinda, suas vestes virão manchadas de sangue que se referem ao juízo de Jesus sobre os pecadores (Is 63.1-3; Ap 19.11).

6. Sem menção das medidas, apontando para o imensurável e infinito amor de Deus pelos pecadores e o poder do sangue de Jesus que é poderoso para alcançar todos os quadrantes da terra (Jo 3.16).

d)- Coberturas de couro – A última cobertura, colocada sobre todas as outras, eram supostamente de animais marinhos (texugo ou golfinhos). Era avistada por aqueles que estavam do lado de fora do Tabernáculo. Este couro não tinha valor e beleza, mas agiam como proteção contra o calor e as tempestades. Era a maior cobertura e a mais simples e sem menção de suas medidas, a exterior que cobriam todas as outras, ocultando-as à vista do homem natural (Êx 26.14).

1. Quando olhavam para a Tenda do lado de fora não viam beleza, somente os sacerdotes tinham acesso ao interior da Tenda e podia deslumbrar-se com a sua verdadeira beleza, isto está relacionado com Jesus “nada havia em sua aparência para que o desejássemos”, o homem natural só conhece Jesus pelo lado de fora, o humano, mas para os regenerados Jesus é mui desejável e o vêem como o Deus que “tabernaculou” entre nós (Cl 2.9).

2. Era a maior cobertura, isto está vinculado à Epístola aos Hebreus que apresenta Cristo “o superior de tudo e de todos” (Hb 1.1). Jesus Cristo é a revelação perfeita de Deus, o sacrifício final e completo pelo pecado, o mediador compassivo e compreensivo, e o único caminho para a vida eterna: (1) Jesus é superior aos anjos (1.4); (2) Jesus é superior aos líderes religiosos (3.1); (3) Jesus é superior a Moisés (3.6); (4) Jesus é superior aos sacerdotes (4.14); (5) Jesus é superior a Melquisedeque (6.20); (6) Jesus é superior a Arão (7.11); (7) Jesus é superior ao antigo pacto (8.6).

3. A cobertura agia como proteção ao calor e as tempestades, revelando o Senhor Jesus Cristo na profecia de Isaias que o apresenta a todo o povo, como “um refúgio contra a tempestade”... (Is 32.2).

4. Não há menção das medidas, isto está vinculado à missão da Igreja, de proclamar o Evangelho do Senhor Jesus Cristo, “até os confins da terra” (At 1.8).

5. Os cinqüenta colchetes de ouro e as cinqüenta laçadas de tecido azul que ligavam as cortinas, simbolizam o dia de Pentecostes (cinqüenta), quando o Espírito Santo veio do céu, da parte do Pai e do Filho e uniu as “primícias da fé”, num só Corpo. Também revela o ouro, a divindade. O Senhor Jesus Cristo era Deus-Homem, o Verbo “tabernaculou” (At 2.39).

A tenda do encontro aponta para o verdadeiro Santuário - Jesus Cristo. "E haverá um tabernáculo para sombra contra o calor do dia, e para refugio e esconderijo contra a tempestade e contra a chuva" (Is 4.6)


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